Recentemente foi defendida a primeira Dissertação de Mestrado sobre o Movimento dos Sem Teto de Salvador/Bahia pelo Mestrado do Programa de Desenvolvimento Urbano e Regional da Universidade Salvador pelo autor Raphael Fontes Cloux. A banca foi composta pelas professoras Dra. Liliane Mariano (Arquiteta/Urbanista - UNIFACS/UNEB - Coordenadora da Graduação em Arquitetura da UNIFACS), Dra. Lina Aras (Historiadora - UFBA - Diretora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA) e Dra. Antonia Garcia (Geógrafa - Secretária Municipal da Reparação da Prefeitura de Salvador), que deram o parecer de Aprovação com Indicação para Publicação. A Dissertação, com 330 páginas, tem o seguinte título: Uma História Urbana do Presente: O Movimento dos Sem Teto de Salvador (2003-2007).
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RESUMO
O presente trabalho versa sobre a trajetória do Movimento dos Sem Teto de Salvador (MSTS), estado da Bahia, e adotou como método de abordagem a perspectiva materialista dialética e por procedimento a investigação histórica. O MSTS foi fundado em agosto de 2003 após uma série de ocupações de terrenos ocorridas no bairro de Mussurunga e na Estrada Velha do Aeroporto, região do miolo (região entre a Avenida Paralela, a BR-324 e o bairro do Iguatemi) da cidade. Tendo naquele segundo semestre e no ano seguinte grande destaque na mídia baiana, tanto impressa quanto de radiodifusão e televisiva, criando um impacto significativo no cotidiano da capital, quando passou a ocupar prédios e terrenos públicos e privados, abandonados pelos seus proprietários, e alertar para a sociedade civil, órgãos estatais, mídia e estrutura econômica, a existência daqueles imóveis e de um grande contingente de sem tetos. Aquelas pessoas não tinham onde estabelecer uma moradia própria, seja por morar embaixo de pontes e viadutos, em barracos, em encostas, de favor ou de aluguel. Nos anos de 2005 e 2006 o movimento passou por um período de estruturação de sua organização interna, construindo e consolidando fóruns coletivos de decisão e participação, porém sem perder a capilaridade na mobilização e nas ocupações, apesar de certo recrudescimento na cobertura da mídia baiana. No momento da pesquisa de campo, em fevereiro de 2007, foram registrados vinte e cinco núcleos, ocupações e comunidade, onde foram levantadas características da população ocupante e residente, como quantidade de famílias, etnia e tipologia habitacional. O MSTS vem demonstrando ser um movimento social de luta contra-hegemônica à atual sociedade, na medida em que para além da reivindicação pela moradia e reforma urbana, almeja construir Comunidades do Bem Viver, inspiradas em laços de fraternidade e comunhão como as experiências históricas de Canudos e dos Quilombos.
Palavras-chave: Movimento dos Sem Teto de Salvador; Luta por Moradia; Conflitos Urbanos; História Urbana do Presente.